O Campeonato do Mundo de Motocross entra numa nova fase com a prova disputada em Teutschental. Fase marcada pela consolidação de lugares na tabela classificativa com disputas cerradas por cada ponto.
O circuito alemão é reconhecido pela sua extrema rapidez, piso compacto e pouca largura que não facilita as ultrapassagens.
Na manga de qualificação Rui Gonçalves já tinha sentido que uma má partida seria extremamente penalizadora porque as recuperações são bastante difíceis num traçado deste estilo.
Todavia o piloto da KTM mostrava-se bastante confiante, pelo facto de estar mais habituado à sua moto e de estar mais perto do seu pico de forma.
Depois de uma qualificação consequência de uma má partida, que o relegou para a 16ª posição final, Rui Gonçalves iria enfrentar alguns problemas técnicos na primeira manga fruto de uma embraiagem pouco colaborante, que não permitia que a sua moto desenvolvesse toda a potencia necessária para chegar ao lugares da frente, terminando assim esta manga na 19ª posição já bastante longe dos dez primeiros.
A segunda manga seria uma história totalmente diferente para o piloto de Vidago. Com uma partida mais conseguida, desta feita dentro do grupo dos doze primeiros, Gonçalves iria lutar com os seus adversários conquistando e mantendo a 10ª posição durante quatro voltas, inserindo-se num grupo muito animado onde houve múltiplas trocas de posições. Rui finalizaria esta manga no 11º posto, o que lhe daria o 13º posto no final deste Grande Prémio.
Rui Gonçalves: “ Vinha para esta prova bastante motivado depois de duas semanas bastante produtivas em termos de treinos e com o resultado de Aichwald a servir de motivação extra.
Nos treinos rapidamente pude constatar que seria fulcral arrancar no grupo da frente para não perder o comboio dos primeiros. Nos treinos tive azar com a grelha que não funcionou como deve ser e que me atrasou bastante.
Na primeira manga de Domingo senti alguns problemas com a embraiagem da minha moto que não estava a 100%. Mal tocava na manete a moto deixava de andar e de transmitir a potencia ao solo. Tive de mudar de estratégia e deixei de tocar na embraiagem, o que até funcionou porque nas últimas voltas consegui recuperar algumas posições e até melhorei os meus tempos por volta.
Na segunda manga o panorama foi outro. Tive uma melhor partida, e envolvi-me numa luta bastante interessante com alguns dos meus adversários, algo que estava a precisar. Sei que tenho andamento suficiente para andar com regularidade dentro do grupo dos dez primeiros, algo que não é fácil neste Campeonato porque pelo menos uma dúzia são candidatos a uma vitória.
Vou confiante para a Letónia, uma pista que me trás boas recordações depois da minha vitória em Kegums no ano passado, uma pista arenosa, bem a meu gosto.”
Resultados Teutschental: 1º Ken de Dycker (BEL) 50 pts, 2º Clement Desalle (BEL) 40, 3º David Phillipaerts (ITA) 38, 4º António Cairoli (ITA) 37,...13º Rui Gonçalves (POR) 13 etc.
Rui Gonçalves disputou o GP em Letónia no dia 27.
Fotos cedidas Press Rui Gonçalves
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