domingo, julho 29, 2012

Estratégia de combate à sinistralidade



O convidado
Estratégia de combate à sinistralidade


por ORLANDO FERNANDES, Vice-presidente da Associação Nacional de Sargentos da Guarda


Na sequência da definição do modelo de segurança interna a Resolução do Conselho de Ministros n.º 44 de 2007 vertia no seu ponto 2.4 a "Extinção da Brigada de Trânsito, com a criação de uma direção técnica no Comando-Geral e afetação integral aos grupos territoriais dos efetivos disponíveis, preservando--se a sua especialização, a exemplo do que acontece com a investigação criminal." Com este ato, foi dado o mote para o início do fim da Brigada de Trânsito (BT), iniciando-se então o processo de reforma da GNR, que viria a ser materializada na sua lei orgânica, através da promulgação do Decreto-Lei n.º 297/2009, de 14 de outubro.


Este normativo reduziu 38 anos de saber e experiência, da seguinte forma: à Unidade Nacional de Trânsito atribuiu competência de fiscalização de forma tolhida e excecional, limitando as ações de fiscalização a um conceito vago e indeterminado de "Quando se justifique", e espartilhando a eficácia da sua ação, ao referir no último segmento "sem prejuízo das respetivas unidades territoriais "; à Divisão de Trânsito e Segurança Rodoviária (na dependência do Comando Operacional) foram acometidas competências emparedadas numa configuração jurídica mitigada, que em termos práticos, se comparada com o labor e a proficiência do Gabinete de Estudos da extinta BT, agiganta em qualidade e competência a defunta estrutura; à afetação aos comandos territoriais dos efetivos disponíveis da BT, diluindo a sua especificidade no conjunto das demais funções, descaracterizando-a.


A ideia de autonomização de uma força especialmente vocacionada para a fiscalização rodoviária, materializada nos vários diplomas, tem a sua génese na década de 30 do século passado por via da Polícia de Viação e Trânsito (PVT) e posteriormente na década da 70, com a criação da BT, a qual no final do século passado foi atribuída a competência em matéria de fiscalização e ordenamento do trânsito nos eixos da Rede Nacional Fundamental e da Rede Nacional Complementar no território continental.


Os decisores políticos nas décadas de 30 e 70, de forma prudente, ponderaram a complexidade e a mais-valia que encerrava o saber acumulado e a experiência institucional da citada polícia, aproveitando sinergias e competências, transferindo-as da PVT para a então recém-criada BT, como se percebe com a promulgação do Decreto-Lei n.° 265/70, de 12 de junho.


A reabilitação da BT, das suas atribuições e competências, volta a estar na ordem do dia na sequência da propalada reorganização da GNR e da PSP.


Ora, a atribuição de competência, para além do conceito jurídico que encerra, contém uma ideia de projeto e inerente decisão política que, não obstante as limitações constitucionais decorrentes do princípio da separação de poderes, numa conjuntura de maioria parlamentar, pode sem qualquer sobressalto - exceção para a reserva absoluta de competência legislativa, em matéria de regime das forças de segurança -, através de autorização legislativa, redefinir competências.


Sendo certo que pode o Governo decidir, por via de autorização legislativa, retirar ou atribuir competências a uma determinada força de segurança, importante é que se descortinem as motivações de uns e de outros, quer pela opção de retomar o conceito e atribuição de competências, quer pela via da opção de instituir um novo paradigma. Uma coisa é certa, a extinção da BT deu-se em 2009, e o resultado está à vista.


Face ao que foi referido, importa, pois, avaliar quais os custos/benefícios, diretos e indiretos da decisão a tomar, na perspetiva do regulador e na perspetiva do utente, avaliando os custos de oportunidade, eliminando as externalidades, tendo como desígnio uma estratégia de combate eficaz à sinistralidade.

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=2691131&page=-

http://www.brigadatransito.com/t12228-uma-coisa-e-certa-a-extincao-da-bt-deu-se-em-2009-e-o-resultado-esta-a-vista#79477

Textos e Fotos



terça-feira, julho 24, 2012

Sexto posto da geral para Rui Gonçalves no GP da Russia

Piloto luso continua a evoluir a mantém aspirações no Mundial de Motocross


Pela segunda vez na sua carreira Rui Gonçalves voltou a território russo para disputar um grande prémio do Mundial de Motocross. A primeira corrida teve lugar em 2002 quando o piloto luso disputava, então, a sua primeira época na classe de MX2.


Para Rui Gonçalves esta era uma corrida com um sabor diferente pelo facto do seu colega de equipa ser originário deste país e, ainda, por ser um Grande Prémio organizado pelo banco Invest Trade Bank, um dos patrocinadores principais da equipa Honda World Motocross.


Pelo facto de ser uma pista totalmente nova para todos os pilotos não havia grande expectativas em relação ao circuito de Semigorje, localidade situada a 400 quilómetros da capital russa, Moscovo.
Na manhã se sábado Gonçalves rapidamente mostrou estar a 100% com o traçado do circuito obtendo excelente marcas nos treinos livres e de pré-qualificação.


Na manga de qualificação caiu muita chuva no circuito que deixou o piso muito dificil em termos de tracção mas que não assustou Rui Gonçalves, que depois de ter rolado no 3º posto, terminava esta manga num brilhante quinto lugar o que significava um bom lugar na grelha paras as corridas de hoje.


As condições da pista não podiam ser totalmente opostas às de ontem nas corridas principais, depois do muito trabalho feito na pista o piso apresentava-se mais seco mas as múltiplas lombas e buracos mantinham-se no circuito.


Na primeira manga Rui Gonçalves conseguia fazer uma boa partida mas, logo na segunda curva, não conseguia evitar Cristophe Pourcel e falhava uma travagem que o levava a embater na moto de Shaun Simpson. Mesmo sem cair Gonçalves era 10º na primeira volta e partir daí fazia uma nítida corrida de recuperação num traçado traiçoeiro e com poucas trajectórias limpas. O piloto Honda conseguia subir alguns lugares terminando no 8º posto já muito perto de Gautier Paulin.


Na segunda corrida do dia Gonçalves acertava, de uma vez por todas no arranque, rolando durante as três primeiras voltas no 4º posto. Infelizmente uma sucessão de pequenos erros, um deles na zona das waves abria a porta para a ultrapassagem de Ken de Dycker e, mais tarde, Eugeny Bobryshev. A meio da corrida Gonçalves voltava a recompor-se e, mantendo bons tempo por volta, terminaria no sexto lugar na segunda manga posição que alcançava, igualmente, na classificação geral.


Rui Gonçalves: " No computo geral foi um excelente fim-de-semana tendo em conta que não sabia como é que ia estar em termos físicos depois da queda que tive durante a semana a treinar.
Na primeira manga consegui sair bem mas logo na segunda curva enganchei na moto do Pourcel e do Simpson e tive de sair de pista. Perdi algum tempo mas consegui entrar no top-ten rapidamente conseguindo terminar em 8º apesar do meu objectivo ser outro, mas a pista não permitia grandes aventuras fora da trajectória ideal.
Na segunda manga voltei a partir muito bem mas cometi diversos erros na fase inicial porque estava a rolar muito preso. Voltei a concentra-me e consegui baixar os tempos por volta mesmo se estando a rolar de forma mais agressiva. Consegui encontrar novas trajectórias e mantive a minha posição até ao final da corrida, por isso posso dizer que estou contente com a prestação de hoje porque mantivemos o pico de forma a seguir à corrida da Letónia.
Penso que, conseguindo trabalhar mais um pouco durante a semana, os resultados vão aparecer de forma natural.
Gostaria de agradecer à minha equipa, ao meu mecânico e à minha namorada o apoio dado, os suportes fundamentais da minhas corridas."


1º Antonio Cairoli (ITA) 50 pts, 2º Clement Desalle (BEL) 42 pts, 3º Ken de Dycker (BEL) 42 pts, 4º Cristophe Pourcel (FRA) 36 pts, 5º Eugeny Bobryshev (RUS) 36 pts, 6º Rui Gonçalves (POR) 36 pts, etc.


Fotos: Sarah Gutierrez

terça-feira, julho 17, 2012

A nova Brigada de Trânsito terá que ser de âmbito nacional


O País precisa de uma reforma muito urgente de todo o sistema da Segurança Interna.


Entre as muitas medidas que obrigatoriamente vão ter que ser tomadas, uma delas passa pela reativação da Brigada de Trânsito.


Essa reativação não pode contemplar só a atribuição de todas as principais vias de comunicação a nível nacional.


Vai mais além disso, terá que a nova Unidade de Trânsito, futura Brigada de Trânsito ter competências legislativas em todas as vias de comunicação a nível nacional, independentemente das áreas de jurisdição.


A nova Brigada de Trânsito terá que ser de âmbito nacional.


A própria Brigada de Trânsito terá que possuir um "Grupo Especial" (GAC) para que possa efetuar operações "cirúrgicas" em qualquer local do país, incluindo em todas as áreas de jurisdição da Polícia de Segurança Pública.


Dessa forma Portugal poderá ficar seguro que não existem zonas "mortas" locais protegidos ao sabor de interesses, sabe-se lá com que intenções!


Os portugueses acreditam que Portugal ainda vai poder orgulhar-se de ter uma Brigada de Trânsito com capacidade de impor a Autoridade Rodoviária em todas as vias de comunicação do Continente.


O atual estado a que chegou o país em termos de Segurança Interna ultrapassou os limites do imaginável...


http://www.cincoquinas.com/index.php?progoption=news&do=shownew&topic=49&newid=5658


Texto e Fotos



segunda-feira, julho 16, 2012




Rui Gonçalves é quarto na Letónia

Piloto Honda alcança o seu melhor resultado de sempre na classe MX1


O circuito de Kegums situado a pouco mais de 40 quilómetros da capital da Letónia, Riga, recebeu aquela que é a décima prova do Mundial de Motocross.


Este é um dos circuitos preferidos de Rui Gonçalves, local onde o o piloto luso chegou mesmo a ganhar um Grande Prémio na classe de MX2 em 2009.


Igualmente importante para esta resultado foram as melhorias sentidas em termos físicos por Rui Gonçalves, nomeadamente numa costela fracturada recentemente. Durante as duas semanas de intervalo entre esta prova e a anterior disputada na Suécia, o piloto do Team Honda World Motocross efectuou intensos testes com a sua moto conseguindo melhorar de forma substancial a sua performance.


Logo nos treinos de sábado ficou provado que Rui Gonçalves estava pronto para dar o máximo nesta pista fre excelentes marcas nos treinos cronometrados enquanto que nas manga de qualificação um bom arranque que levou a animado despique com Antonio Cairoli, e que terminaria com Rui Gonçalves num excelente segundo posto.


Com alguma chuva a cair durante a noite o circuito de Kegums apresentou-se em perfeitas condições e, logo na primeira manga de hoje, ficava provado o empenho de Rui nesta corrida depois de rolar durante praticamente metade da corrida no segundo posto, mas sempre com António Cairoli na mira. Uma série de pequenos erros a meio da prova permitiriam a ultrapassagem de Ken de Dycker com Gonçalves a terminar em terceiro, a sua melhor classificação de sempre numa manga do Campeonato do Mundo de MX1.


A chuva caiu forte no intervalo entre mangas, deixando o traçado da pista de Kegums muito destruido e bastante traiçoeiro para a segunda corrida do dia na classe MX1. Desta vez Rui Gonçalves já não seria tão eficaz na partida depois de ter levado um toque de outro adversário. O piloto Honda era sexto durante as primeiras voltas até que baixava ao sétimo posto por troca com de Dycker. Com dez voltas decorridas Gonçalves voltava a ligar o "turbo" e efectuando diversas ultrapassagens para terminar colado a Desalle na linha de chegada no quinto posto.


Rui Gonçalves: " Foi um dia muito positivo com duas excelentes mangas, sem dúvida. Na primeira corrida consegui sair bem da grelha e durante algumas voltas mantivemos, e eu e o Cairoli, um ritmo muito elevado embora o Tony fosse mais rápido em certas zonas da pista. A meio da corrida, sensivelmente, cometi alguns erros que permitiram a ultrapassagem do de Dycker, mas mesmo assim consegui terminar em terceiro o que me deixou muito feliz, principalmente no fim da manga quando voltei a andar num ritmo mais forte.
Como choveu muito durante o intervalo a pista estava muito mais escorregadia e passou a ser mais difícil encontrar trajectórias limpas. Tive algum receio de que a areia projectada pela outras motas pudesse tapar os radiadores e por isso resolvi ser um pouco mais consistente.
Consegui chegar até ao quinto lugar e sei que tinha um sítio na pista onde podia tentar ultrapassar o Desalle, mas não estava suficientemente perto dele na derradeira volta.
Não consegui subir ao pódio por pouco mas esta corrida foi diametralmente oposta das últimas que temos tido com dois excelente resultados.
Quero terminar agradecendo a toda a equipa, família, amigos e à minha namorada o apoio que me têm vido a dar ao longo da época."


Classíficação Grande Prémio de Letónia:
1º Antonio Cairoli (ITA) 47 pts, 2º Ken de Dycker (BEL) 42 pts, 3º Kevin Stribjos (BEL) 36 pts, 4º Rui Gonçalves (POR) 36 pts, 5º Gautier Paulin (FRA) 33pts, 6º Clement Desalle (BEL) 32pts, 7º Tanel Leok (EST) 29pts, 8º Shaun Simpson (GBR) 26pts etc.




Volta onboard com Rui Gonçalves na Letónia






Fotos: Sarah Gutierrez

Dupla vitória em Oliveira de Santa Maria


A jornada de abertura do Campeonato Nacional de Supercross teve lugar na localidade de Oliveira de Santa Maria numa pista conhecida pela sua rapidez e tecnicidade e que, uma vez mais, contou com uma moldura humana impressionante com cerca de 5.000 espectadores a assistirem a uma noite intensa de competição.


Na final de SX1 Joaquim não foi o mais lesto no arranque e na primeira volta seguia na traseira de um Paulo Alberto muito rápido que impôs desde logo um ritmo alucinante nas primeiras voltas deste final. À terceira volta Alberto cometia um erro numa curva e J-Rod assumia a liderança que não largaria até final mesmo com um susto à mistura na zona dos whoops.


A segunda final do dia, aquela que junta os melhores pilotos das 450cc e das 250cc, seria a final Elite. Joaquim Rodrigues não conseguiu ser o mais rápido no arranque, seria o seu colega de equipa Hugo Santos o detentor do Red Bull Holeshot, mas no final da segunda volta Rodrigues não dava hipóteses e passando de uma vez por todas para a liderança da corrida. O piloto Honda Moto Aspra iria controlar esta final até ao fim numa corrida onde aproveitou para brindar o muito público presente com algumas manobras espectaculares nos saltos.


Joaquim Rodrigues: “Foi um bom começo de campeonato tanto para mim como para a equipa e patrocinadores. Desde Fevereiro, a ultima corrida do Supercross Internacional, que estou parado com o Supercross e, apesar de me ter sentido bem nos treinos, nas corridas sentiam-me preso devido à falta de rodagem.


As últimas semanas foram muito atarefadas e cheias de stress nas preparações de equipa, moto, piloto, videos e fotos mas graças a bons amigos que me ajudam e tem ajudado ao longo da minha carreira foi possível ter tudo pronto a tempo para a primeira corrida. Tudo correu bem e depois de uma boa luta pela vitória consegui vencer as duas finais e fiquei contente por ter começado da melhor maneira este campeonato. Mais uma vez agradeço a todos os patrocinadores, equipa, família e amigos que sem eles nada do trabalho que tenho tentado fazer teria sido possível.”


A próxima prova deste Campeonato irá ter lugar no dia 4 de Agosto na localidade da Poutena.


Classificação final SX1: 1º Joaquim Rodrigues (Honda) com 15 voltas, 2º Nélson Silva (Kawasaki) a 27s, 3º Hugo Santos (Honda) a 1v, 4º Miguel Gaboleiro (Kawasaki) a 1v, 5º Paulo Alberto (Suzuki) a 1v


Classificação SX Elite: 1º Joaquim Rodrigues (Honda) com 15 voltas, 2º Hugo Santos (Honda) a 30s, 3º Hugo Basaúla a 35s, 4º Miguel Gaboleiro a 56s, 5º Sandro Peixe (Suzuki) a 1 volta

sábado, julho 14, 2012

Motociclos vão ser sujeitos a inspecções obrigatórias



À semelhança do que acontece com ligeiros e pesados, as motos com mais de 250 centímetros cúbicos (cc) vão passar a fazer inspecções periódicas obrigatórias. A legislação foi publicada esta quarta-feira em "Diário da República".


Os motociclos com cilindrada superior a 250cc vão ter de se apresentar a inspecção quatro anos após a primeira matrícula e, depois, de dois em dois anos até completarem oito anos, altura em que passam a fazer inspecções anuais.


Os veículos devem fazer a inspecção até ao dia e mês correspondentes ao da matrícula inicial. Os proprietários podem ainda optar por realizar a inspecção durante os três meses anteriores à data prevista.


A entidade responsável será o Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT).

Alterações ao Código da Estrada - Carta de Condução com novas regras a partir de novembro e Janeiro



Alterações ao Código da Estrada e novo Regulamento da Habilitação Legal para Conduzir.
O Decreto-Lei n.º 138/2012, de 5 de julho, introduz diversas alterações ao Código da Estrada e aprova o novo Regulamento da Habilitação Legal para Conduzir, transpondo parcialmente para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2006/126/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de dezembro, relativa à carta de condução.


Este diploma visa harmonizar os prazos de validade, os requisitos de aptidão física, mental e psicológica, quando exigida, de candidatos e condutores e os requisitos para obtenção dos títulos de condução emitidos pelos diversos Estados membros da União Europeia e do espaço económico europeu.


Trata-se de um instrumento indispensável ao desenvolvimento da política comum de transportes, de forma a melhorar a segurança rodoviária e facilitar a circulação de pessoas que fixam residência num Estado membro diferente do emissor do título de condução.


O decreto-lei também procede à simplificação dos procedimentos administrativos para obtenção dos títulos de condução e respetivos exames e elimina a licença de aprendizagem.


São ainda definidos os conteúdos programáticos das provas que constituem o exame de condução, além de se reverem as características dos veículos licenciados para a realização de exames de condução.


Foram também ajustadas as disposições do Código da Estrada na matéria dos velocípedes e das pessoas que neles podem ser transportadas, para promover a utilização destes veículos como alternativa a outros meios de transporte de deslocação urbana, designadamente em atividades ligadas ao turismo e ao lazer.




Principais alterações do diploma




Introdução de novas categorias de carta de condução (a partir de 2 de janeiro de 2013)
É introduzida a categoria AM (ciclomotores), em substituição da atual licença de condução de ciclomotor, o que vai uniformizar estes títulos de condução em todo o espaço europeu e permitir o seu reconhecimento mútuo, sendo que até agora apenas existiam títulos nacionais de cada Estado, sem valor além fronteiras;


É introduzida uma nova categoria de motociclos, a A2, que permite conduzir motociclos de potência máxima de 35 kw e que pode ser obtida a partir dos 18 anos;


A idade para obtenção direta da categoria A, para condução de motociclos de grande cilindrada, passa para os 24 anos, podendo contudo esta categoria ser obtida a partir dos 20 anos pelos titulares de carta de condução da categoria A2, com pelo menos 2 anos de experiência.




Harmonização de prazos de validade (a partir de 2 de janeiro de 2013)
Embora a legislação portuguesa já previsse prazos de validade para os títulos de condução, estes foram encurtados, conforme imposto pela Diretiva, iniciando-se aos 30 anos para as categorias AM, A1, A2, A, B1, B e BE, (ciclomotores, motociclos e ligeiros) e aos 25 anos para as restantes categorias.


As cartas de condução passam a ter uma validade administrativa que não pode exceder os 15 anos para as categorias AM, A1, A2, A, B1, B e BE (ciclomotores, motociclos e ligeiros) e os 5 anos para as restantes categorias;


Os prazos de revalidação são fixados em 10 anos para as categorias AM, A1, A2, A, B1, B e BE (ciclomotores, motociclos e ligeiros) até aos 60 anos do seu titular. A partir daí são encurtados, primeiro para 5 anos e depois para 2 anos, a partir dos 70 anos do titular, sendo os prazos de revalidação sempre de 5 anos para as restantes categorias.


Assim, as novas idades de revalidação da carta de condução são (a partir de 2 de janeiro de 2013):
Aos 30, 40, 50, 60, 65, 70 anos do condutor e depois de 2 em 2 anos, para as categorias AM, A1, A2, A, B1, B e BE (ciclomotores, motociclos, automóveis ligeiros e automóveis ligeiros com reboque);
Aos 25, 30, 35, 40, 45, 50, 55, 60, 65, 70 anos do condutor e depois de 2 em 2 anos, para as categorias C1, C1E, C e CE (automóveis pesados de mercadorias) e condutores das categorias B e BE com averbamento do Grupo 2 (que exerçam a condução de ambulâncias, veículos de bombeiros, de transporte de doentes, transporte escolar e de automóveis ligeiros de passageiros de aluguer);
Aos 25, 30, 35, 40, 45, 50, 55, 60 e 65 anos do condutor, para as categorias D1, D1E, D e DE (automóveis pesados de passageiros).
Os novos prazos de validade só são aplicáveis às cartas emitidas após 2 de janeiro de 2013, mantendo-se as cartas emitidas antes daquela data válidas pelo período delas constante, com exceção das cartas de condução das categorias A1, A, B1 ,B e BE (motociclos e ligeiros) cujo prazo de validade continua a situar-se nas datas em que os seus titulares perfaçam 50 ou 60 anos, independentemente do prazo inscrito na carta de condução.


Passam a existir dois tipos de revalidação:
Revalidação meramente administrativa, aos 30 e aos 40 anos do titular das categorias AM, A1, A2, A, B1, B e BE (ciclomotores, motociclos e ligeiros) e aos 25 anos dos titulares das restantes categorias;
Mantém-se a revalidação obrigatoriamente precedida de exame médico e de exame psicológico (quando exigido) - já definida pelo anterior Regulamento da Habilitação Legal para Conduzir - a partir dos 50 anos para os titulares das categorias AM, A1, A2, A, B1, B e BE (ciclomotores, motociclos e ligeiros) e a partir dos 25 anos para os titulares das restantes categorias, sendo neste caso a avaliação psicológica obrigatória na obtenção da categoria e posteriormente na revalidação aos 50 anos do condutor e em todas as revalidações posteriores.
Novo modelo de carta de condução comunitária (a partir de 2 janeiro de 2013)
Nos anexos da Diretiva, é introduzido um novo modelo de carta de condução comunitária, que inclui as novas categorias;


Foi também introduzida a obrigatoriedade de troca de título de condução estrangeiro, emitido sem prazo de validade, no prazo de dois anos após fixação de residência em território nacional.




Maior rigor na avaliação da aptidão física e mental
São revistos os requisitos mínimos de aptidão física e mental dos condutores, tornando-se mais exigentes no que respeita às condições de visão, à diabetes e à epilepsia (a partir de 2 de janeiro de 2013);


Exames teóricos e práticos (a partir de 2 de novembro de 2012):


Passa a existir uma prova teórica com 40 questões para os candidatos que pretendam obter as categorias A e B com base numa única prova teórica;
A prova teórica passa a ter a validade de 1 ano;
Passa a ser possivel a aplicação de um sistema de monitorização de provas práticas do exame de condução;
É introduzida a condução independente durante a prova prática;
É reduzido o número de faltas que conduzem à reprovação na prova prática;


Simplificação de procedimentos:
São simplificados os procedimentos para obtenção da carta de condução, e eliminada, a partir de 2 de janeiro de 2013, a licença de aprendizagem;


É eliminado nos serviços desconcentrados do IMTT o arquivo em papel de atestados médicos e da avaliação psicológica, passando a recorrer-se à digitalização destes documentos.



quarta-feira, julho 11, 2012


quinta-feira, julho 05, 2012

Gonçalo Reis às portas do “Top-Ten” em Itália

Depois de um longo interregno após a prova do Mundial disputada em Torres Vedras, competição onde Gonçalo Reis brilhou com dois oitavo postos alcançados na ronda portuguesa do Mundial da modalidade, este intervalo nas corridas não foi, porém, deixado ao acaso pelo piloto da equipa oficial da Gas Gas que esteve praticamente um mês em Espanha a desenvolver a sua moto de corridas, bem como os novos modelos de produção da casa catalã.


A quinta prova do Mundial de Enduro foi disputada em plena região da Toscânia, em Castiglioni di Fiorentino, competição onde uma vez mais o grande adversário de todos os pilotos foi o calor extremo que se fez sentir ao longo do fim-de-semana com as temperaturas a ultrapassarem em muito a casa dos 40°C.
Piloto do Magoito não conseguiu “encaixar” na prova tal como era o seu objectivo e no primeiro dia de competição alguma tensão iria limitar a ascensão de Reis aos lugares de maior destaque, acabando por terminar no 13º lugar a apenas algumas décimas de Lorenzo Santolino o seu grande rival no Campeonato Espanhol de Enduro.


No segundo dia de prova as temperaturas muito elevadas continuavam a fazer vitimas entre os pilotos do pelotão do Mundial e se não foi o calor que impediu a progressão de Gonçalo Reis, desta feita seria a corrente da sua moto que iria provocar problemas ao sair em plena especial fazendo o piloto perder preciosos segundos para os seu adversários, que terminaria este dia num pouco expressivo 10º posto.


Gonçalo Reis: “Durante estas últimas três semanas estive em Girona na fábrica a testar material novo para as próximas corridas do Campeonato Espanhol e para o Mundial, bem como algumas das novidades relativamente às motos de produção para 2013.
Este fim de semana estive no Mundial em Itália onde enfrentei uma super especial muito gira e técnica, mas também haviam algumas dificuldades. Como eu entrei já com a noite a cair decidi enfrentá-la com bastante precaução.


No primeiro dia de prova entrei com vontade de andar bem, mas a temperatura elevada foi o factor mais difícil de ultrapassar com termómetro a subir até aos 46°C. Senti-me bem mas o meu corpo estava muito tenso e não me sentia a 100% para atacar, ficando assim em 13º a uma décima de segundo do Lorenzo Santolino, o meu adversário no Campeonato de Enduro em Espanha.


No segundo dia de prova estava mais calmo e descontraído. Ataquei na primeira especial mas mas acabei por cair e perder algum tempo, mesmo assim dei sempre o meu máximo até à 2ª passagem pela Enduro Test no rio, onde devo ter batido em alguma pedra e saltou a corrente da mota o que fez perder mais de um minuto para os meus adversários. Nessa altura perdi algum embalo e foi-me difícil voltar a a atacar porque ainda faltavam duas voltas e só queria levar a mota até ao fim sem problemas. Mesmo assim correu tudo bem e consegui terminar ainda dentro dos dez melhores da Classe E1.”


Resultados Campeonato do Mundo de Enduro Castiglioni di Fiorentino:
Dia 1: 1º Antoine Meo (FRA) com 51m39s, 2º Matti Seistola (FIN) a 14s, 3º Eero remes (FIN) a 17s, 4º Thomas Oldrati (ITA) a 1m16s, 5º Simone Albergoni (ITA) a 1m19s, 6º Nicolas Deparrois (FRA) a 1m23s, 7º Fabien Planet (FRA) a 1m34s, 8º Rodrig Thain (FRA) a 1m35s .....13º Gonçalo Reis (POR) a 4m06s


Dia 2: 1º Eero Remes (FIN) com 57m38s, 2º Matti Seistola (FIN) a 33s, 3º Thomas Oldrati (ITA) a 41s, 4º Rodrig Thain (FRA) a 58s, 5º Fabien Planet (FRA) a 1m08s, 6º Simone Albergoni (ITA) a 1m32s, 7º Nicolas Deparrois (FRA) a 1m59s, 8º Antti Helsten (FIN) a 3m19s.... 10º Gonçalo Reis (POR) a 5m14s

segunda-feira, julho 02, 2012

Rui Gonçalves é sétimo na segunda manga do GP da Suécia

Problema mecânico na primeira corrida do dia limita aspirações do piloto




O Grande Prémio da Suécia marca a entrada na segunda metade do Campeonato do Mundo de Motocross, numa corrida que se disputa à longos anos no circuito de Uddevalla, circuito onde Rui Gonçalves já esteve no lugar mais alto do pódio em 2009 quando disputava o Mundial na Classe de MX2.


Depois de mais uma corrida difícil, aquela que foi disputada na Bélgica há duas semanas e onde Rui Gonçalves sofreu uma fractura numa costela, as duas semanas de interregno foram aproveitadas para efectuar fisioterapia para tentar recuperar ao máximo das mazelas físicas.
Durante a semana Rui Gonçalves já conseguiu voltar aos treinos de moto com dois dias de intensa preparação.


Na manga de qualificação disputada no Sábado, o piloto do team Honda World Motocross voltou a não ser feliz depois de ter levado um toque de um adversário que deixou a curva de escape da sua CRF 450 R completamente destruída impedindo a sua moto de debitar toda a potência, terminando esta manga apenas na 23ª posição.


Com um lugar na grelha pouco propício aos bons arranques Gonçalves fez o melhor que pode para se intrometer nos lugares da frente aquando da partida para a primeira corrida. Depois de ter ganho algumas posições o piloto Honda não evitava uma queda no piso muito traiçoeiro e escorregadio do circuito nórdico. No entanto Rui efectuava mais uma vigorosa recuperação circulando nas últimas voltas no 11º posto até que a mecânica da sua moto não resistia ao esforço obrigando o piloto a desistir com a meta à vista.


Na segunda manga e com um piso menos escorregadio Rui Gonçalves conseguia voltar a fazer uma boa partida, numa corrida sem incidentes, onde rolou praticamente isolado durante grande parte da manga, manga que terminaria num expressivo 7º posto final.


O GP da Suécia foi ainda aproveitado pela Honda Europe para revelar em primeira mão, aos jornalista e público, a nova Honda CFR 450 R de 2013, moto que foi apadrinhada pela equipa Honda World Motocross e pelo piloto luso que teve um papel preponderante no desenvolvimento deste novo modelo.




Rui Gonçalves: "Na primeira manga não consegui sair muito bem da grelha por isso tive de me intrometer no meio dos meus adversários para tentar chegar aos lugares da frente até que cometi um erro e sofri uma queda. Consegui recuperar de novo até à 11ª posição mas depois a moto parou e não voltou a pegar obrigando-me a desistir mesmo antes da meta.
Como o meu lugar na grelha não era o melhor voltei a ter de efectuar alguma pressão nos meus adversários para conseguir efectuar uma boa partida. Fui empurrado para fora mas consegui efectuar algumas ultrapassagens. Rodei de forma consistente e por isso acho que efectuei uma boa corrida numa pista muito complicada porque basicamente só havia uma trajectória limpa com pouco mais de um metro de largura e o resto da pista estava muito traiçoeira em termos de piso.
De certa forma foi uma pena aquilo que se passou na primeira manga porque penso que, sem o azar dessa corrida teria sido um bom GP.
Seja como for gostava de voltar a agradecer a toda a equipa pelo empenho. Vou concentra-me ao máximo nos meus treinos esperando com isso conseguir dar a volta por cima nas restantes corridas do Campeonato."


Classíficação Grande Prémio de Suécia:
1º Clement Desalle (BEL) 50 pts, 2º Cristophe Pourcel (FRA) 44pts, 3º Kevin Stribjos (BEL) 36 pts, 4º Sebastien Pourcel (FRA) 35pts, 5º Shaun Simpson (GBR) 34pts, 6º Tanel Leok (EST) 33pts, 7º Gautier Paulin (FRA) 26pts, 8º Xavier Boog (FRA) 25pts, 9º Ken de Dycker (BEL) 20pts, 10º Marc de Reuver (NED) 20pts, ...13º Rui Gonçalves (POR) 14pts etc.


Fotos: Sarah Gutierrez


O team ORT/YAMAHA deslocou-se a Itália para a participação em mais uma prova do Mundial de Enduro
Cerca de 125 pilotos mundialistas enfrentaram um percurso de 54km algo massacrante mas sem muitas dificuldades
O Piloto ENI /YAMAHA não conseguiu o resultado pretendido já que no 1º dia colocou-se no 4º Lugar , enquanto no 2º dia teve de desistir após uma queda
“ Não consigo encaixar nas especiais italianas , enquanto a cross test era bastante rápida , a Enduro Test era daquelas especiais que eu não me sinto bem , a Extreme era bastante complicada , no sábado cometi alguns erros e isso ficou refletido na classificação final, hoje entrei com vontade de melhorar mas cometi mais um erro na extreme , depois tentei recuperar e tive de arriscar , cai numa ravina dentro da especial onde demorei cerca de 20m para tirar de lá a moto , infelizmente não consegui terminar . Agora vou trabalhar bastante para atacar o Europeu que vai ter 2 provas no final de Julho, um agradecimento a todos os meus patrocinadores especialmente à ENI que me colocou uma nova gasolina à disposição para esta fase da época.

Luís Correia 9º no Mundial de Enduro

O piloto Yamaha/Speedcity/Polisport, participou este fim-de-semana em mais uma jornada do WEC – Campeonato do Mundo de Enduro – que se realizou na vila italiana de Castiglion Fiorentino sob temperaturas bastante elevadas.


Depois de no sábado se ver forçado a abandonar no final da primeira volta ao percurso devido a problemas na sua moto, LC, mostrou um bom andamento em ao longo do dia de domingo, tendo terminado em 9ª lugar da classe E2.


No final do dia Luis Correia estava satisfeito com o resultado “foi pena não ter conseguido terminar ontem (sábado) mas felizmente a equipa resolveu os problemas da minha moto para alinhar hoje. Este enduro não tinha as características de que mais gosto, já que, as especiais se disputavam em terreno bastante duro e o calor que se fez sentir também não ajudava, mesmo assim, acho que consegui um bom andamento e voltei e terminar dentro do Top 10, o que me deixa satisfeito”


Agora o Mundial de Enduro terá um interregno até 25 de Agosto, data em que se disputara a jornada Sueca desta competição.
Texto: MS